(Foto: We Heart It)

Eu lembro de te chamar inúmeras vezes, e você não se incomodar em olhar para trás. Eu lembro da indiferença, de não conseguir entender seus motivos e de procurar diversas maneiras para chamar tua atenção. Incontáveis tentativas falhas de dizer "ei, ainda estou aqui e não irei embora, não demora para voltar...". Mas você sabia onde eu estava, sempre soube. E isso não lhe fazia a menor diferença. Jamais perdeu seu precioso tempo vindo atrás de mim ou se incomodando para saber como eu estava. 


Demorou para que eu entendesse. Muito. Até me permitir te deixar ir, passei por muita coisa. Um turbilhão de sentimentos como em uma montanha russa, mas que só ia ladeira abaixo. Demorou. Doeu. Quis até culpar o tempo, que passava e não curava. Porém, eu consegui aprender. Fui uma aluna desobediente, rebelde, trazendo na mochila inúmeras advertências. Mas uma aluna que, no fim (e com o fim), aprendeu. Fiz o dever de casa. Foi uma recuperação de longo prazo, admito. Sua arrogante indiferença que costumava me machucar, começou a me servir de exemplo. 


Descobri, não da melhor forma, mas da forma que deveria ser, que eu não preciso de quem não precisa de mim. Que eu não preciso segurar um cartaz "ei, estou aqui!", porque quem realmente quer, vai me procurar. Só espalha indiferença quem não se importa, e quem não se importa não merece ser lembrado. 


Quem quer minha atenção, em troca deve dar a sua. Quem se importa, toda vez que eu precisar, estará batendo na porta. E quando não precisar, também. Hoje eu não quero mais te ver e nem ouvir notícias de você, porque, sinceramente, não faz diferença alguma. E quer saber? Eu me ainda me importo, sim. Comigo.


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