A gente costuma ter medo de se perder. Ter medo de sair da estrada principal e de precisar encontrar atalhos. Ou então, de não encontrá-los. De ficar sem saber para onde ir. Mas, algumas vezes, se perder é a saída. Se perder é a estrada, ou o melhor atalho. Eu me perdi e chorei, reclamei, xinguei, bati o pé e fiz beiço.
Me perdi achando que jamais retornaria para meu caminho, mas, no fundo, eu sabia que permitir que eu me perdesse, me permitir sair da estrada pela qual estava seguindo, era o certo a se fazer. Perdida, sem um destino definido, sem um rumo para tomar, eu pude analisar as possibilidades. Eu pude fazer escolhas. Somente depois de perdida eu fui capaz de me encontrar. Afinal, tive que começar a me procurar. E continuo procurando, mas já tenho muitas das respostas às quais precisava.
Perdida, criei meu próprio mapa, tracei meu próprio destino e decidi persegui-lo. Decidi não parar até chegar lá. E, durante o percurso, quando não estava mais rodeada de dúvidas, incerteza e indecisão, a cada passo o caminho ficou mais claro, a cada passo ficou mais fácil, mais iluminado. Só ao me perder pude descobrir para onde ir.
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