Tartarugas Até Lá Embaixo é sobre a importância das amizades verdadeiras. Sobre como a vida continua, sempre e em qualquer circunstância. Sobre como temos que seguir em frente não importa o que tenha acontecido. Sobre como aprender a lidar com pontos finais nos torna mais maduros, nos prepara para a vida. Sobre todos os segredos e surpresas que nos aguardam no futuro, dos quais não fazemos ideia alguma. Sobre como tudo que parece o fim do mundo agora, lá à diante não vai significar nada.
É sobre como precisamos ser fortes ao invés de nos colocarmos como vítimas, ao invés de querer que todos nos compreendam, quando, na verdade, nós não nos esforçamos o suficiente para compreendê-los também. Sobre como, muitas vezes, não enxergamos os problemas dos outros porque os nossos parecem ser sempre maiores. O John Green escreveu esse livro durante os 6 anos em que ficou sem publicar nada, e essa espera que parecia não ter fim foi muito bem recompensada. Fazia tempo que eu não viciava tanto em um livro e não conseguia mais largar.
É o livro mais pessoal e particular dele, de longe o mais íntimo, porque a protagonista tem a doença de John, e nos mostra todas as dificuldades que ele enfrenta e também o quanto já melhorou. No final, ele começa a narrar a história como John Green, e passa a se referir à Aza como “nós”, porque ela é ele. Me apaixonei pelo Davis no momento em que ele começou a falar de astronomia. A relação dele com a Aza e sua proximidade é tudo que todo mundo sonha em ter. A Daisy escreve fanfics assim como eu.
“Estar vivo é sentir saudade” é umas das frases do livro, e ele já é uma saudade minha. Também há aquela: “É raro encontrar quem enxergue o mesmo mundo que o seu”, o que é bem verdade. Mas agora, John, nós entendemos melhor uma parte do seu mundo, e muito obrigada por compartilhá-la conosco.