(Imagem: We Heart It)

“Me permiti acreditar que suas armaduras estivessem se desfazendo, que ele estivesse me deixando chegar cada vez mais perto porque se sentia da mesma forma, ainda que não soubéssemos como nomear esse sentimento. Nós nos aproximamos e eu acreditei que tudo estivesse bem, tão bem que nem quis pensar em como as coisas estavam acontecendo rápido. Rápido demais. De magoado a disposto a tentar a completamente entregue. Era óbvio que havia alguma coisa errada. Mas eu mesma tapei meus olhos para não enxergar. 

E então ele voltou para sua vida longe daqui e me fez acordar para a realidade que, por sua vez, não se parece nenhum pouco com os romances que leio e vivo tentando tornar reais. Odeio a forma como deixei isso me afetar. Odeio a forma como ficamos quando assumimos para nós mesmos que estamos gostando de alguém, porque, quando isso acontece, involuntariamente, essa pessoa é capaz de alterar até nosso humor e de transformar um dia bom em ruim, e vice-versa, claro. Mas o ponto aqui é que, quando nos afetamos por motivos que envolvem o coração, todas as outras coisas alheias a isso –inclusive as boas- parecem desaparecer. 

Todo o resto, mesmo que grande, se torna pequeno. E, por mais que estivermos tentados a esquecer e deixar pra lá, não é tão fácil quanto gostaríamos que fosse. Os sentimentos são teimosos. O coração quer o que ele quer.” (Do fundo do coração de uma personagem que eu espero que, um dia, vocês possam conhecer). 

-Milena Farias

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