(Imagem: We Heart It)

Sou uma longa história. Mas uma daquelas que não tem o sumário organizado, e na qual os capítulos não seguem a ordem que supostamente deveriam. Por muito tempo deixei que escrevessem essa história por mim, e nada se compara a quando eu peguei o lápis na mão e o livro passou a ser esculpido com a minha própria caligrafia. Nada se compara a quando eu passei a fazer minhas próprias escolhas e a gritar para o mundo quais eram as minhas próprias opiniões. 

Quando eu deixei de ser uma marionete do sistema e da sociedade para ser aquela que está no controle -mas que tem os sentimentos completamente descontrolados, e não faz questão alguma de arrumá-los. Quando eu tomei minhas próprias decisões sem me preocupar se elas não iriam de encontro às expectativas que construíram para mim -só preciso atender às minhas. Quando eu entendi que tudo bem não querer o mesmo que a maioria das pessoas quer. Quando eu compreendi que minha alma abriga sonhos, não metas e objetivos esquematizados. Quando eu aceitei que meu futuro pode até parecer completamente incerto, mas que tudo é possível se eu acreditar e dar o máximo de mim na luta. 

Quando eu cresci através dos meus tombos e amadureci através dos meus erros. Quando eu decidi que prefiro, ao invés de ter, ser e conhecer. Quando eu descobri quem eu era de verdade só depois de me perder. Essa história ainda não chegou nem à metade, e eu vou continuar escrevendo-a com a esperança de que a jornada seja feliz também, e não apenas o final.

-Milena Farias

Instagram: aquiloqueeununcafalei

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