(Imagem: Brandon Woelfel)

É sete de julho de dois mil e dezoito. Vinte horas e onze minutos. Início do inverno, mas hoje, para minha felicidade, fez vinte e dois graus e o céu estava azul. Estou sozinha em casa, de pijama curto para celebrar o calor, e acabei de ler Eleanor & Park, o que me deixou ansiosa para começar Queria Que Você Me Visse, que pulei de alegria quando ganhei de presente de aniversário da Carol. Minha mãe saiu com algumas amigas. Decidi começar esse texto diretamente no arquivo daquele que espero que seja meu próximo livro, e aqui estou. Não sei se isso vai de fato acontecer, se vou publicar mais livros e se alguém vai ler isso algum dia –mentira. Desculpe, mas não acredito nessas últimas palavras. Eu acredito mais do que tudo que meus sonhos vão se realizar, que eu vou conseguir, que tudo vai dar certo. Inclusive coloquei One Step At a Time da Jordin Sparks para tocar agora, de propósito. Essa música é meu novo hino, a letra me compreende como poucas –letras e pessoas-.

Minha gata Summer não sai de perto de mim faz alguns dias, como se pressentisse que eu fosse ir para longe. Espero que um dia eu vá mesmo. Quero que meu próximo livro possa ser lido por uma boa quantidade de pessoas, então preciso esperar mais um pouco, preciso ter mais visibilidade, só que eu estou começando a ficar impaciente, eu sou ansiosa, e tenho que encontrar uma forma de lidar com isso. Estou escrevendo esse texto, no fundo, com o intuito de ler quando chegar onde tanto quero, para ler quando eu estiver longe, quando realizar meus sonhos não vai ser uma busca, e sim minha realidade.

Ontem mesmo o Brasil saiu da copa do mundo e nosso hexa terá que esperar mais quatro anos. E eu me peguei pensando se em dois mil e vinte e dois já estarei vivendo de escrever, quantos livros já terei publicado, como as coisas vão ser. Eu vou ter vinte e quatro anos, e pensar nisso é ainda mais assustador do que quando cheguei aos vinte, em maio desse ano. Comecei a lutar pelo que quero em janeiro de dois mil e dezessete, já faz um ano e meio, e em nenhum momento eu quis desistir. Eu persigo meus sonhos todos os dias, sem exceção, e eu simplesmente não consigo me cansar disso, em hipótese alguma. Eu tenho a cada dia mais certeza de que estou ficando mais forte e persistente, minha fé nunca se abala. O medo nunca consegue me dominar. Eu só quero lutar, lutar e lutar até conseguir. Até conquistar.

Meu sonho se tornou minha razão de viver, o motivo pelo qual eu levanto da cama e enfrento o que vier. Espero que eu não me conforme. Espero que eu não me acomode. Espero que eu continue buscando, lutando, perseguindo. Que eu continue sonhando. Espero que eu realize e espero, nesse momento, que minha versão dos sonhos realizados leia isso aqui, respire aliviada e pense: caramba, eu consegui!


-Milena Farias

Instagram: aquiloqueeununcafalei

Deixe um comentário