(Imagem: We Heart It)
Fico constantemente presa em cima do muro pensando se tento mudar ou se continuo sendo como sou. É que às vezes cansa. Às vezes dá medo que quem é importante pra mim também se canse. Porque em um momento sou leve como uma brisa de verão e, logo depois, posso me tornar um furacão, atingindo a todos por onde passar.
Quando não estou bem acabo afetando a quem quer que esteja a meu redor. Não é proposital, simplesmente não sei como frear. Como evitar. Eu explodo e essa bomba que sou sempre deixa estragos. Mais em mim do que em qualquer outra pessoa, mas nunca sou a única atingida. Odeio ver os outros contagiados com meus sentimentos ruins. Odeio descontar em quem não tem nada a ver com meus motivos e que com certeza não merece ouvir tudo que falo sem pensar. Estou trabalhando para melhorar, mas não é fácil como gostaria que fosse.
Acho engraçado quando pessoas que não convivem comigo pensam que sou alguém fácil de lidar, mas a máscara da minha versão “amor de pessoa” está caindo cada vez mais. Eu não consigo mais me controlar, fingir, atuar. Eu preciso expor o que sinto e, apesar da liberdade que há nisso, não gosto quando algumas pessoas só me veem nesses momentos e pensam que sou sempre assim. Não sou nem um “amor de pessoa”, nem um “monstro”. Apenas alguém que tenta muito se controlar ou evitar a explosão, mas que repetidamente costuma falhar.
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