(Imagem: We Heart It)
Tenho que entender que as pessoas não pertencem a mim só porque quero que pertençam. Por mais que eu queira que pertençam. Só porque imagino conversas enquanto admirarmos um céu estrelado ou o pôr do Sol de domingo. Só porque me iludo imaginando que, algum dia, no futuro, esses pensamentos possam se tornar reais. Não posso cultivar ciúme do que não é meu. Nunca foi. E eu sempre tive consciência disso. Mas é que eu tenho mania de romantizar.
Tenho mania de trazer os romances que leio para a realidade, esperando ser o "com você é diferente" de alguma pessoa. O "me tornei melhor por você" de alguém. E isso, obviamente, não acaba bem. Nunca termina como eu gostaria. Insisto em pensar que a pessoa vai mudar, logo depois de conhecê-la e a seu jeito. Anseio por isso. Tenho que entender que a pessoa não quer, não vai e não precisa mudar.
Tenho que entender que não vou ser “aquela pessoa”, vou ser “só mais uma”. E, claro, depois de mim haverão outras e outras e outras. Preciso aprender a não odiar todas as outras que chegarem depois de mim. Não posso permitir que isso me atinja. Não vale a pena. É o tipo de decepção que não precisa me afligir. É inútil. De graça. À toa. Tenho que entender que o mocinho se torna alguém melhor pela mocinha apenas nos livros. Que quem for pra ser meu não precisará de mudanças.
-Milena Farias
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